Esta manhã, a Polícia Federal está realizando uma busca e apreensão do endereço do ministro Ricardo Salles e no Ministério do Meio Ambiente.
O Presidente do IBAMA, Sr. Eduardo Bim, está demitido. De acordo com a PF, a ação visa apurar as suspeitas de crimes de corrupção, direito administrativo, peculato e facilitação de contrabando, praticados por funcionários e empresários da indústria madeireira.
No total, a PF está executando 35 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal, São Paulo e no Pará, conforme determinação do ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal. Moraes também permitiu a quebra do sigilo financeiro e bancário de Salles.
A decisão suspende ainda um embarque do IBAMA a partir de 2020, que, segundo a PF, permitiu a exportação de produtos florestais sem a necessidade de licença legal para ser, segundo a PF, cerca de 8.000 embarques de madeira ilegal.
A operação foi batizada de Akuanduba, divindade dos índios Araras, que habitam o Pará. Segundo a PF, a apuração teve início em janeiro com base em informações enviadas por autoridades de outros países sobre possíveis desvios de conduta de servidores públicos durante o processo de exportação de madeira.
A ação ocorre um mês após o início do atrito entre um delegado da Polícia Federal e o ministro sobre a maior apreensão de madeira ilegal da história do Brasil. Saraiva também encaminhou ao STF relatório de infração contra o ministro – o qual está sendo analisado pela ministra Carmen Lúcia. No documento, o delegado disse que havia suspeita de crimes de advocacia administrativa e dificultou a investigação. Poucos dias depois, o novo gerente geral da PF, Paulo Maiurino, decidiu trocar a chefia do Amazonas.
Fonte: Polícia Federal – PF