Os parlamentares a favor da PEC do voto impresso pressionam o presidente da Câmara, Arthur Lira, para que instale uma comissão especial para tratar do assunto nos próximos dias. O texto é da deputada Bia Kicis e já foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) em novembro de 2019. Desde então, é necessária a criação de um grupo de trabalho, o que o ex-presidente da Câmara não fez, Rodrigo Maia.
De acordo com a proposta, as urnas eletrônicas continuariam a ser utilizadas, mas um recibo será impresso após cada votação. Esses documentos seriam mantidos em um recipiente lacrado e não iriam para as mãos dos eleitores, mas poderiam ser usados para verificação em caso de recontagem.
A deputada Bia Kicis espera que Lira destrave o debate e critique Maia.
“É interessante porque o presidente Rodrigo Maia também foi favorável ao voto no papel. Mas então, para se opor ao presidente, ele passou a dizer que a agenda não era mais tão importante. Quer ganhemos ou perdemos, saberemos depois de votar. O que não dá é não votar ”, avaliou a deputada.
Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro, apoiador da proposta, disse ter conversado com Lira e pedido a instalação da comissão. O procurador de Justiça Eleitoral Alberto Rollo explica que há um debate jurídico sobre quanto tempo a PEC terá de ser promulgada para que as alterações entrem em vigor nas eleições de 2022.
Fonte: Comissão de Constituição e Justiça (CCJ)