A Polícia Federal está pedindo ao STF a abertura de inquérito para apurar os supostos pagamentos a Dias Toffoli pela venda de sentenças. O ministro é citado em denúncia contra Sérgio Cabral por ter recebido R$4 milhões a título de suposto benefício dos prefeitos no TSE. É a primeira vez que a Polícia Federal questiona o Supremo Tribunal Federal, envolvendo um ministro do próprio tribunal. Toffoli atuou na Justiça Eleitoral de 2012 a 2016. O pedido foi aprovado pelo ministro do STF, Edson Fachin.
A investigação contra um ministro do STF ocorre pouco depois de O Estadão denunciar um orçamento supostamente paralelo para custear emendas parlamentares a aliados do governo. As modificações serão usadas para comprar tratores com preços excessivos.
Para que uma investigação comece, é necessária a permissão do tribunal. O pedido foi encaminhado ao gabinete do Fachin, que encaminhou o caso à PGR (Ministério Público). Detalhes da delação de Cabral não foram divulgados. Ele não foi informado se o ex-governador forneceu evidências para suas acusações.
Em nota, Toffoli disse não ter conhecimento dos fatos e nunca ter recebido os recursos alegadamente ilícitos. Ele também negou ter trabalhado em benefício de alguém desde que assumiu o cargo no STF.
Fonte: Polícia Federal